Exposições
10 Março 2018 - 18 Dezembro 2018
MASP / São Paulo, Brasil
Aleijadinho. Foto: Divulgação
As “narrativas afro-atlânticas” permeiam várias mostras do ano no MASP (Museu de Arte de São Paulo), que envolvem nomes diversos como Aleijadinho, Sonia Gomes, Melwin Edwards, Maria Auxiliadora da Silva, Rubem Valentim, Pedro Figari e Lucia Laguna.
No ano que marca os 130 anos de assinatura da Lei Áurea, uma das últimas estabelecidas pelo Império Brasileiro, que aboliu oficialmente a escravidão, um foco temático permeia boa parte da programaçaão anual do MASP: as histórias e narrativas afro-atlânticas. Elas referem-se não só ao processo de escravização das populaçoões africanas em territórios americanos, caribenhos e europeus, mas também às trocas bilaterais – culturais, simbólicas, artísticas etc – entre esses povos atlânticos desde o século 16.
O Brasil é um território chave nessas histórias, pois recebeu cerca de 40% dos africanos que deixaram seu continente ao longo de mais de 300 anos para serem escravizados desse lado do Oceano (número correspondente ao dobro dos portugueses que se estabeleceram no país para colonizá-lo). De maneira bastante perversa, o Brasil foi também o último país a abolir oficialmente a escravidão, em 1888.
Assim, uma grande mostra coletiva denominada Histórias afro-atlânticas, organizada em parceria com o Instituto Tomie Ohtake, está prevista para junho de 2018. Ao longo do ano, o programa inclui também exposições monográficas de artistas negros ou que trabalham com representações de temas afro-atlânticos de diferentes origens e geraçoões. Para o primeiro semestre, em março, estão programadas as mostras de Aleijadinho e Maria Auxiliadora da Silva; em abril, de Emanoel Araújo.
No segundo semestre, em agosto, acontecem as individuais de Melvin Edwards e Rubem Valentim; em novembro, Sonia Gomes e Pedro Figari; e em dezembro, Lucia Laguna.
O ciclo em torno das “Histórias afro-atlânticas” está inserido em um projeto mais amplo de exposições, palestras, oficinas, seminários e atividades do MASP, voltando olhar para histórias plurais, que vão além das narrativas tradicionais, tais como “Histórias da loucura” e “Histórias feministas” (iniciadas em 2015), “Histórias da infância” (2016) e “Histórias da sexualidade” (2017).
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