Talleres
19 mayo - 20 mayo 2018
MASP
São Paulo, Brasil
Deadline:
Foto: Felipe Torres
O ciclo de oficinas Histórias Afro-atlânticas que compreende o período entre 21 de abril e 29 de julho relaciona-se ao conjunto de temas que fundamentam a programação de 2018 e tem na exposição Histórias Afro-atlânticas seu eixo conceitual. Com uma grande mostra coletiva, a ser inaugurada no fim de junho, e outras exposições monográficas distribuídas ao longo do ano de artistas como Maria Auxiliadora, Aleijadinho, Emanoel Araújo, Melvin Edwards, Rubem Valentim, Sônia Gomes, Pedro Figari e Lucia Laguna, o MASP dá continuidade ao projeto de evidenciar perspectivas que pluralizam e que, eventualmente, confrontam as narrativas convencionais da história da arte e da política.
Nos dias 19 e 20 de maio, será realizada a oficina Nsaba: Plantas medicinais na tradição afro-braileira. Esta oficina parte da compreensão de que as comunidades tradicionais de matriz africana são um espaço primordial de preservação dos saberes afrodescendentes ao longo de toda a história do Brasil, abarcando conhecimentos musicais, artísticos, filosóficos, espirituais, gastronômicos, medicinais, entre outros.
Será apresentado aos participantes o modo como essas comunidades se relacionam com a natureza e com as plantas, especificamente, em sua finalidade medicinal. Serão abordadas as diferenças entre conceitos científicos e tradicionais de catalogação e utilização das plantas. Faremos identificação de algumas qualidades de plantas no Parque Trianon, apresentaremos algumas plantas medicinais e suas finalidades e, por fim, prepararemos um banho de ervas que os participantes poderão levar ao final da oficina.
Proponentes:
Tata Jaga Anzulo (Edilson Crispim) Iniciado a mais de 20 anos no Candomblé Angola, tem o cargo de “Tata Mirô”, o responsável pelas folhas dentro de um terreiro. Trazendo um conhecimento que aprendeu desde criança, Jaga Anzulo atende a toda a comunidade com chás, banhos e garrafadas medicinais. Em 2018, foi reconhecido pelo Ministério da Cultura, através do Prêmio Leandro Gomes de Barros, como mestre da cultura popular.
Ricardo Chiarella Souza Bacharel em Ciências Sociais, produtor cultural, arte-educador e percussionista. Iniciado no Candomblé Angola, possui experiência em cultura popular, cultura afro-brasileira e patrimônio cultural no Brasil. Atuou como Educador do Museu Afro Brasil em São Paulo. Trabalhou com salvaguarda de patrimônios de terreiro na Superintendência do IPHAN/SC, no âmbito do Mestrado Profissional em Preservação do Patrimônio Cultural – PEP/MP.
Pedro Carlessi Farmacêutico e mestre em Ciências pela Universidade Federal de São Paulo. Pesquisador do Centro de Estudos de Religiosidades Contemporâneas e das Culturas Negras (CEME-USP) e SobreNaturezas (UFRGS). É professor de farmácia pelo SENAC-SP. Em sua pesquisa mais recente analisou os processos de conhecer plantas por parte das ciências botânicas e das religiosidades afro-brasileiras.
Atividade gratuita.
Mais informações estão disponíveis no site do MASP.