Todos nós podemos enfrentar diferentes tempestades, de tempos em tempos, mas estamos obviamente navegando no mesmo barco: o barco do pós-humanismo digital. Mais do que em qualquer outro período documentado da civilização humana, a infraestrutura digital se tornou o sistema nervoso central da produção e reprodução social. Através de oceanos, montanhas e desertos, a conflagração digital se espalha como um incêndio florestal, consumindo e alterando tudo que ousa se colocar em seu caminho. Em toda parte, há rastros digitais: imagens, textos, sons ou a combinação desses três elementos.
A corrida digital anunciou a criação de um mundo virtual e sem fronteiras. É uma nação com população sempre crescente. Mas a mudança radical do físico para o virtual tem sido uma fonte de confusão para os sistemas tradicionais que foram construídos para durar mil anos, mas estão agora se tornando obsoletos. Com a abordagem neoliberal, empreendedores diligentes têm experimentado diferentes maneiras de tentar se apropriar do terreno comum que é a internet, e autoridades políticas têm reagido com leis e tecnologias de controle. Mas quão efetivas são essas leis e controles, e quão sustentáveis são essas abordagens em um mundo cada vez mais cibernético?