Debates / Oficinas
04 Agosto 2018 - 04 Agosto 2018
MASP / São Paulo, Brasil
Foto: Divulgação.
Na segunda metade do século XIX, que teve por marco a Conferência de Berlim (1884-1885), os interesses econômicos operavam articulados a uma base ilimitada de poder político voltado para a conquista efetiva da África. E para justificar e conferir legitimidade a exploração, a dominação e o racismo, os estados e as nações imperiais dispunham de mecanismos ideológicos como mostras etnográficas, feiras mundiais e exposições universais, imensos rituais de massa em que o Ocidente se representava. As exposições universais eram um inventário dos diferentes graus de desenvolvimento dos países do mundo, nelas sobressaindo a estrutura cultural enlaçada às formações ideológicas glorificadoras das nações que tomavam para si a missão de colonizar, isto é, de subjugar e controlar povos da Ásia e da África. Ao acentuar a interdependência e a assimetria entre territórios sobrepostos enfatizavam o entrelaçamento entre imperialismo e cultura, aí contido o racismo como atestam as seções dos zoológicos humanos.
Palestrante Leila Leite Hernandez é livre-docente e pesquisadora de História da África do Departamento de História da FFLCH-USP. Trabalha principalmente com os seguintes temas: colonialismos, resistências e diálogos e nacionalismos. É autora dos livros: Os filhos da terra do sol: formação do estado-nação em Cabo Verde. São Paulo: Selo Negro, 2002; A África na sala de aula- visita à história contemporânea. São Paulo: Selo Negro, 2005; Memória e História: Administração para o Desenvolvimento. Cabo Verde: Secretaria do Estado da Administração Pública, 2011.
Dia 4 de agosto, às 11h Inscrições presenciais
MASP Av Paulista, 1578 01310-200 São Paulo
masp.org.br