Pardo é Papel, individual de Maxwell Alexandre, é recebida pelo Museu de Arte do Rio e pelo Instituto Odeon.
Maxwell Alexandre, jovem pintor carioca, morador da Rocinha, elabora uma reflexão sobre uma cor, fato mais do que recorrente na história da arte, que vê na forma e na cor elementos de sua própria linguagem. Porém, aqui, o pardo é ressignificado pelo artista, nos levando a outras direções.
Ao produzir autorretratos sobre papel pardo, MW (assinatura do artista) passa a perceber que estava, também, diante de um ato político: pintar corpos negros sobre papel pardo. Os estigmas são assumidos e revertidos. A cor da pele negra, confundida com a cor do papel, retorna como condição de resistência, como reação: “pardo é papel”. Congregam-se, assim, arte e cultura, forma e subjetividade.
Museu de Arte do Rio – MAR
Praça Mauá, Centro.
Rio de Janeiro/RJ
Visitação: terça a sábado, das 10h às 18h.