A escolha do projeto de Manuela Moscoso está alinhada aos objetivos institucionais da Bienal das Amazônias.
“Trata-se de uma importante curadora do território amazônico, interligada a uma rede internacional das artes, cujo trabalho é, também, um catalisador e uma plataforma de debates acerca de importantes temas da contemporaneidade”, afirma a idealizadora e presidente da Bienal das Amazônias, Lívia Condurú.
Segundo Lívia, a segunda edição da Bienal das Amazônias reafirma o seu papel de contraponto no cenário da arte nacional e internacional, valorizando a diversidade cultural da Amazônia e buscando descentralizar as práticas artísticas. “Embora o fazer artístico não tenha território, sabemos que os grandes centros polarizam a história dos movimentos institucionais. É uma alegria ver que essa iniciativa inovadora, emprenhada no coração da Amazônia, pensada por mulheres, ganha cada vez mais fôlego”, avalia.
Keyna Eleison, diretora de Conteúdo e Pesquisa do Centro Cultural Bienal das Amazônias, enfatiza a relevância da escolha.
“Manuela Moscoso é uma curadora internacional, com um currículo impecável. Desenvolve seu trabalho de maneira única e notável. Está à frente de uma Instituição de Arte que está fazendo diferença – CARA (Center of Arts Research and Alliances), em Nova York. Brindamos não só a possibilidade de tê-la como parceira nesta edição, mas também a certeza da Instituição de que as linhas múltiplas de construção de pensamento que se desenvolvem em territórios amazônicos devem ser celebradas e fomentadas”, afirma Keyna.
Ela explica ainda que a BdAs surgiu e se afirma com a ambição de ser uma iniciativa descentralizadora de referências e de práticas culturais valorizando a diversidade e a riqueza artística da região Amazônica, mas sem perder seu caráter cosmopolita, dialogando com instituições e artistas de todos os continentes.
“Daí a importância da presença de Manuela Moscoso, uma curadora, pesquisadora e produtora crítica, com um extenso histórico na concepção e realização de exposições inspiradoras internacionalmente. O projeto de Manuela foi definitivamente o que teve mais articulação com o que acreditamos para a Bienal das Amazônias”, reforça Keyna.