Aproveitando a deixa do título da Bienal, Foreigners Everywhere (Estrangeiros em todo lugar), alguns pavilhões de estados-nação europeus apresentam artistas de diferentes nações, enquanto outros abordam temas de migração. Isso incluiu a artista peruana Sandra Gamarra, representando a Espanha, e o artista suíço-brasileiro Guerreiro do Divino Amor, representando a Suíça com ajuda de Ventura Profana.
Guerreiro do Divino Amor, Super Superior Civilizations, Pavilhão Suíço, na 60ª Bienal de Veneza Foreigners Everywhere (Estrangeiros em todo lugar). Foto: C&AL
Glicéria Tupinambá, Hãhãwpuá, Pavilhão Brasileiro, na 60ª Bienal de Veneza Foreigners Everywhere (Estrangeiros em todo lugar). Foto: C&AL
Giana De Dier, Traços: no corpo e na terra, Pavilhão Panamenho, na 60ª Bienal de Veneza Foreigners Everywhere (Estrangeiros em todo lugar). Foto: C&AL
A exposição de Guerreiro do Divino Amor, Super Superior Civilizations (Civilizações Super Superiores), está dividida em duas partes: The Miracle of Helvetia (O Milagre de Helvetia), com Ventura Profana, e Roma Talismano, com Castiel Vitorino. A mostra aborda questões políticas cruciais, como a manipulação do poder e do imaginário coletivo pela mídia, o sistema financeiro e a religião, em forma de ópera e vídeo 360 graus, sempre com muito humor e referências às telenovelas brasileiras, à cultura pop e à estética da internet.
Em Pinacoteca Migrante (Migrant Art Gallery), as pinturas de Sandra Gamarra Heshiki baseiam-se em sua pesquisa sobre obras que pertencem às coleções nacionais de arte da Espanha dos tempos coloniais até o Iluminismo. Cada peça investiga a ausência de narrativas decoloniais nos museus, revelando as representações tendenciosas de colonizadores e colonizados.
Sandra Gamarra Heshiki, Pinacoteca Migrante, Pavilhão Espanhol, na 60ª Bienal de Veneza Foreigners Everywhere (Estrangeiros em todo lugar). Foto: C&AL
Os trabalhos de Sandra investigam a ausência de narrativas decoloniais nos museus, revelando as representações tendenciosas de colonizadores e colonizados.
Intitulado Traces: on the body and on the land (Traços: no corpo e na terra), o pavilhão do Panamá apresenta obras de Brooke Alfaro, Isabel de Obaldía, Cisco Merel e Giana De Dier, quatro artistas panamenhos que refletem sobre os traços perenes da migração, especificamente a travessia do Estreito de Darién, uma das fronteiras naturais mais perigosas do mundo, situada entre o Panamá e a Colômbia.
Brooke Alfaro, Traços: no corpo e na terra, Pavilhão Panamenho, na 60ª Bienal de Veneza Foreigners Everywhere (Estrangeiros em todo lugar). Foto: C&AL
Cisco Merel, Traços: no corpo e na terra, Pavilhão Panamenho, na 60ª Bienal de Veneza Foreigners Everywhere (Estrangeiros em todo lugar). Foto: C&AL
Isabel de Obaldía, Traços: no corpo e na terra, Pavilhão Panamenho, na 60ª Bienal de Veneza Foreigners Everywhere (Estrangeiros em todo lugar). Foto: C&AL
O do Brasil foi renomeado Pavilhão Hãhãwpuá, em homenagem a um dos nomes indígenas desse território antes da invasão europeia. Representada pela artista e ativista Glicéria Tupinambá, a exposição apresenta instalações, esculturas e vídeos que contam histórias da resistência indígena e traçam a longa luta da artista pela devolução dos mantos pertencentes à Comunidade Tupinambá da Serra do Padeiro e de Olivença por instituições coloniais em todo o mundo.
60ª Bienal de Veneza 20 de abril a 24 de novembro Horário de verão: 11h às 19h (de 20 de abril a 30 de setembro) Até 30 de setembro, apenas no Arsenale: sextas-feiras e sábados horário estendido até as 20h Horário de outono: 10h às 18h (de 1 de outubro a 24 de novembro) Fechado às segundas-feiras (exceto em 22 de abril, 17 de junho, 22 de julho, 2 e 30 de setembro, 18 de novembro)
www.labiennale.org