Exposições
24 Agosto 2020 - 04 Outubro 2020
Simone Cadinelli Arte Contemporânea / Rio de Janeiro, Brasil
“Urbe et orbi” (2020), vídeo, 3'21". Videomapping, imagens, edição e audioremix: @vjgabiru. Imagens via drone: Gabriel Teixeira. Trilha sonora: Nego Mozambique.
Simone Cadinelli Arte Contemporânea dá sequência à exposição “Como habitar o presente?” com o “Ato 2 – Estamos Aqui” em sua vitrine e seu site. Os trabalhos em vídeo feitos em várias linguagens multimídia, como videomapping e GIFs, ficarão ligados 24 horas por dia, e poderão ser vistos por quem estiver passando no local, na Rua Aníbal Mendonça, em Ipanema. A exposição será replicada no site da galeria, com informações completas das obras e dos artistas.
Este novo momento da mostra reúne obras de 15 artistas nascidos ou radicados no Rio, São Paulo, Belém, Salvador e Porto Alegre: Ana Clara Tito (Bom Jardim, Rio de Janeiro, 1993), Batman Zavareze (Rio de Janeiro, 1972), Gabriela Noujaim (Rio de Janeiro, 1983), Ivar Rocha (Niterói, 1986), Jonas Arrabal (Cabo Frio, Rio de Janeiro, 1984, radicado em São Paulo), Leandra Espírito Santo (1983, Volta Redonda, Rio de Janeiro, e trabalha entre São Paulo e Rio), Martha Niklaus (1960, Rio de Janeiro), Nathan Braga (Rio de Janeiro, 1994), Panmela Castro (Rio de Janeiro, 1981), Roberta Carvalho (Belém do Pará, 1980), Simone Cupello (1962, Niterói), Talitha Rossi (Resende, Rio de Janeiro, 1987), Ursula Tautz (Rio de Janeiro, 1968), Virgínia di Lauro (Barra da Choça, Bahia, 1989, radicada em Porto Alegre), VJ Gabiru (São Paulo, 1977, vive em Salvador, Bahia).
A curadora Érika Nascimento comenta que “neste tempo cronometrado, em que a vida humana na Terra aparenta ter dias contados, apresentamos ‘Estamos aqui’ – o segundo ato da exposição Como habitar o presente? – e ansiando por dias melhores”. “Em um lugar de fragilidades e dor pelos nossos corpos sociais e físicos, onde a experiência de vivenciar a cidade está afetada, percebemos o mundo – e os códigos para nele existir – sendo recriado a todo tempo. Um lugar de estranhamento, dor e vulnerabilidade, um estado de tensão e atenção para uma sociedade doente”, afirma. “Estamos aqui, em uma dinâmica temporal atropelada, quase um loop, e continuamos sem respostas para as provocações lançadas no primeiro ato. Como podemos imaginar um horizonte, um mundo possível, o nosso lugar como habitante neste tempo presente-futuro? Como manter um estado de esperança e antecipar o presente?”, indaga a curadora.
Os vídeos, em diferentes conceitos, abordam questões pertinentes ao nosso momento atual, como a ideia de infinitos realizados através de códigos gerados a partir do bater das asas de borboleta, no trabalho do criador multimídia de projetos multidisciplinares Batman Zavareze; ideias de “apagamento”, da artista Leandra Espírito Santo, que transita em vários meios, como a performance; a alertas como o feito por Martha Niklaus, do risco permanente sofrido pelo acervo do Museu Casa de Pontal; a transitoriedade da vida na ótica de Nathan Braga; a denúncia da violência contra a mulher, biológica ou não, feita por Panmela Castro, que já expôs no Stedelijk Museum, em Amsterdã, e está na coleção da ONU; a pesquisa sobre o corpo feminino e suas transfigurações diante do “messianismo digital”, com seus símbolos e cancelamentos, de Talitha Rossi; a reconstrução do percurso de seus ancestrais, de Ursula Tautz; a memória, em pequenos fragmentos filmados e GIFs, de Virgínia di Lauro; e, em época de uma pandemia até o momento incurável, o silêncio da noite da cidade vazia, em imagens drone, do artista multimídia VJ Gabiru (Davi Cavalcanti).
Érika Nascimento observa que “Como habitar o presente?”, em seus Atos 1 e 2, “é uma exposição-projeto no sentido de projeção para novos mundos possíveis, um lugar para criar estranhamentos e preenchimentos desta lacuna que estamos atravessando, em uma época em que um vírus afasta nossos corpos e impõe novos códigos sociais e barreiras no cotidiano, nos colocando em um estado de angústia e impotência, e evidenciando grandes abismos sociais já existentes”. Ela complementa, observando que a exposição pode ser vista “através da janela de nossos celulares, computadores ou, em um universo possível, na vitrine da galeria”.
Simone Cadinelli Arte Contemporânea [vitrine da galeria] Rua Aníbal de Mendonça, 171. Ipanema, Rio de Janeiro
www.simonecadinelli.com