Denilson Baniwa, Petroglifos na selva de pedra. Foto: Kong Sang Sit.
Denilson Baniwa é um artista indígena, nascido na aldeia Darí, no Rio Negro, Amazonas. Os Baniwa vivem na tríplice fronteira do Brasil com a Colômbia e Venezuela e em aldeias que vão da fronteira até Barcelos, no Amazonas. São divididos por clãs e somam aproximadamente 20 mil pessoas, o contato com não-indígena deu-se pelo início do século 18. Embora o contato tenha sido violento, os Baniwa conseguiram manter seus rituais, idioma e cultura.
Apesar da arte fazer parte de sua vida desde cedo, o contato de Denilson Baniwa com a arte urbana contemporânea se deu na escola e, posteriormente, em Manaus e no Rio de Janeiro. Fazem parte de seu trabalho, desenhos, performances e intervenções urbanas. Sua obra busca pontos de interseção entre a cultura indígena e o mundo da arte contemporânea. Entre os temas que aborda estão as relações entre os povos indígenas e a tecnologia e os efeitos nocivos do agronegócio para os povos originários. Para Baniwa, o papel do artista indígena é o de ser um guerrilheiro pela manutenção do bem-viver de seu povo.
Denilson Baniwa já participou de diversas exposições coletivas, no Brasil e no exterior, tais como Heranças de um Brasil profundo, Museu Afro Brasil, em São Paulo; VaiVém, no Centro Cultural Banco do Brasil de diversas cidades; e Racism and Anti-Racism in Brazil: The Struggle of Indigenous Peoples, Manchester University, nos Estados Unidos. O artista foi vencedor do Prêmio Pipa Online 2019.