Paralelamente à mostra, que aconteceu entre outubro e dezembro de 2017, foi realizado um ciclo de cinco performances e publicado um catálogo impresso bilíngue (português/inglês) com textos do curador e dos artistas, além de indicação de bibliografia específica ao tema. O conjunto de ações empreendidas em Negros Indícios é importante, pois ajuda a delinear a presença negra nas artes visuais contemporâneas, documentando-a.
A exposição surge em um ambiente cultural que, há aproximadamente cinco anos, vê surgirem vários artistas interessados em explorar as potencialidades da performance (re) agindo ao que está socialmente (im) posto em uma sociedade estruturalmente racista. As obras levantam discussões que vão das denúncias do racismo, presente mais em umas que em outras, aos usos líricos de cores como o vermelho de Musa Michelle Mattiuzzi – Experimentando o vermelho em dilúvio, 2013, e Caetano Dias, Rio Doce, 2016 ou o branco de Dalton Paula – A notícia, 2013.