Com sete eixos temáticos, “Maria Auxiliadora: vida cotidiana, pintura e resistência” dialoga diretamente com a realidade da pintora e reúne o maior número de obras da artista já apresentadas em uma exposição.
Sem título [Oxaguiã], coleção Lodi Biezus, São Paulo, Brasil
A artista mineira Maria Auxiliadora nasceu na cidade de Campo Belo, no ano de 1935, mas se mudou para São Paulo ainda criança. Atuou como empregada doméstica durante um longo período de sua vida, mas sempre teve afinidade com a arte, embora só tenha se dedicado exclusivamente à pintura aos 32 anos. Através de mostras que reveem os termos “primitivo” e “ingênuo”, questionando visões paternalistas e preconceituosas, parte do programa recente do MASP é voltado para uma compreensão maior sobre artistas autodidatas como Maria Auxiliadora, que fazem parte da história da arte brasileira. A técnica usada por ela para pintar é muito singular e foge de preceitos acadêmicos. Sua pintura é marcada por cores vibrantes e relevos sobre a tela.
Maria Auxiliadora: vida cotidiana, pintura e resistência conta com sete eixos temáticos (“Autorretratos”, “Casais”, “Interiores”, “Manifestações populares”, “Candomblé, umbanda e orixás”, “Rural” e “Urbano”), que dialogam diretamente com a realidade da pintora e reúnem o maior número de pinturas da artista afro-brasileira já apresentadas em uma exposição. A mostra, com curadoria de Adriano Pedrosa e Fernando Oliva, faz parte do ciclo Histórias Afro-Atlânticas, que o MASP adota para o ano de 2018. A exposição permanece aberta ao público até 10 de junho de 2018.
Abertura da exposição com obras de Maria Auxiliadora.
Iemanjá segurando os seios, 1974. Coleção Irapoan Cavalcanti, Rio de Janeiro, Brasil.
Sem título, sem data. Coleção Breno Krasilchick, São Paulo, Brasil.
Mobral, 1971. Coleção Paulina e Moisés Pinsky, São Paulo, Brasil.
Exposição “Maria Auxiliadora: vida cotidiana, pintura e resistência”
Sem título (ama de leite), 1970. Coleção Silvia e Mario Gorski, São Paulo, Brasil
Três obras: Candomblé, sem data. Coleção Irapoan Cavalcanti, Rio de Janeiro, Brasil / Sem título, 1970. Coleção Irapoan Cavalcanti, Rio de Janeiro, Brasil / Candomblé, circa, 1966-68. Doação Laís H. Zogbi e Telmo G Porto, 2018.
Velório da noiva. 1974, Acervo MASP, doação Fundação Edson Queiroz, 2015