Exposições
14 Junho 2018 - 05 Agosto 2018
Caixa Cultural / Recife, Brasil
Foto: Divulgação
Está em cartaz, na Caixa Cultural de Recife, a exposição O Tempo dos Sonhos com obras de arte dos artistas aborígenes. A exposição, que já passou por São Paulo, Fortaleza, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte e Curitiba, reúne mais de 40 obras, selecionadas por importância histórica.
As obras que compõem o acervo são de nomes, como Rover Thomas, Tommy Watson e Emily Kame Kngwarray, que já tiveram os seus trabalhos expostos no MoMA e Metropolitan, de Nova Iorque, Bienais como a de Veneza, São Paulo e Sidney, entre outros eventos de prestígio internacional, como o Documenta, em Kassel, e Art Basel (Miami, Basel e Hong Kong). “Essa coleção é um presente à população brasileira. Em um acervo de mais de três mil obras, selecionamos aquelas mais significativas. Muitas já foram publicadas em inúmeros catálogos de arte, citadas em teses de doutorado e exibidas em várias instituições de prestígio na Austrália, Europa e América do Norte”, conta o curador brasileiro Clay D’Paula, que assina a curadoria com os australianos Adrian Newstead e Djon Mundine.
As peças na mostra contam com uma linguagem moderna e contemporânea e técnicas diversas, tais como pinturas, esculturas, litografia e bark paintings (pinturas em entrecasca de eucalipto). Compõem o acervo obras da Coo-ee Art Gallery, a galeria mais antiga e respeitada em arte aborígene da Oceania. Peças de coleções privadas e instituições governamentais também atravessaram o oceano exclusivamente para esta exposição. Os trabalhos artísticos representam um período de 45 anos, desde o despertar da comercialização da arte aborígene contemporânea na década de 1970 até o presente.
Além de circular pela América Latina e pelo Brasil pela primeira vez, a exposição também traz o primeiro catálogo publicado em português sobre a arte aborígene. Neste ramo movimenta-se cerca de 200 milhões de dólares por ano na Austrália. Estima-se que hoje mais de 7 mil artistas indígenas vivam de sua prática artística. “Nós, brasileiros, tivemos, até hoje, poucas oportunidades de conhecer todo esse universo da arte aborígene da Austrália, o que pode, inclusive, levar-nos a refletir sobre os povos indígenas de nosso país. O Brasil e a Austrália possuem muitas coisas em comum. Contribuir para aproximá-los e convidar ao diálogo é um dos objetivos dessa exposição”, justifica o curador Clay D´Paula.
O catálogo da exposição está disponível aqui.
Caixa Cultural Av. Alfredo Lisboa, 505 – Bairro do Recife. Recife/PE Horário: terça a sábado, das 10h às 20h. Domingos, das 10h às 17h.