A ideia de coreografias do impossível é apresentada nesta edição da Bienal de São Paulo de diversas formas. Estas incluem a musicalidade presente nos trabalhos, os deslocamentos e percursos propostos, a temporalidade não-linear dos trabalhos ou as diversas poéticas usadas para o enfrentamento das questões do mundo atual como o racismo, a degradação ambiental e a democracia.
De acordo com os curadores, as práticas artísticas apresentadas na mostra estão para além da representação e questionam os saberes que nos foram dados numa tradição colonial e patriarcal: “Nosso objetivo foi criar uma edição sem categorias ou estruturas limitadoras. Essa visão nasceu em nossa equipe curatorial, onde abraçamos um sistema descentralizado, afastando-nos das normas tradicionais”, disseram os curadores na abertura. “A pergunta que permanece é: como as impossibilidades de nossa vida cotidiana refletem na produção artística? As coreografias do impossível nos ajudam a perceber que diariamente encontramos estratégias que desafiam o impossível, e são essas estratégias e ferramentas para tornar o impossível possível que encontraremos nas obras dos artistas”.
35ª Bienal de São Paulo – coreografias do impossível
em cartaz até 10 de dezembro de 2023
Visitação: terças, quartas, sextas e domingos, das 10h às 19h. Quintas e sábados, das 10h às 21h.
Pavilhão Ciccillo Matarazzo
Av. Pedro Álvares Cabral, s/n.
Parque Ibirapuera, Portão 3
Entrada gratuita
bienal.org.br