Com curadoria de Germano Dushá e Thiago de Paula Souza, e curadoria-adjunta de Ariana Nuala, o 38º Panorama da Arte Brasileira apresenta mais de 130 obras, sendo 79 inéditas, de artistas de 16 estados do país, além de projetos especiais, como um ambiente 3D e um podcast.
Gabriel Massan, Baile do terror, 2024 Fotos: Estúdio em Obra
A proposta curatorial do 38º Panorama da Arte Brasileira tem como objetivo refletir criticamente sobre a realidade contemporânea do Brasil, guiada pelo conceito de “calor-limite” — uma metáfora para o ponto de transformação onde tudo derrete, se desmancha e se reconfigura. A proposta busca revelar uma visão multidimensional da arte brasileira atual, conectando e contrastando uma ampla gama de práticas e pesquisas que se destacam pela intensa energia criativa que compartilham.
Para organizar essa reflexão, foram definidos cinco eixos temáticos: Ecologia geral, Territórios originários, Chumbo tropical, Corpo-aparelhagem e Transes e travessias. Esses eixos não estruturam a exposição como segmentos isolados, mas operam como linhas de pensamento que permitem leituras e associações entre as obras. Ecologia geral explora práticas ambientais e uma visão de total interconexão. Territórios originários foca em narrativas de povos originários e quilombolas, oferecendo perspectivas alternativas ao discurso capitalista dominante. Chumbo tropical propõe uma crítica às representações do Brasil e à identidade nacional, enquanto Corpo-aparelhagem examina as transformações corporais e hibridismos. Por fim, Transes e travessias aborda conhecimentos espirituais e experiências de transcendência, conectando a arte aos mistérios essenciais da vida.
O 38º Panorama da Arte Brasileira é organizado pelo Museu de Arte Moderna de SP. Esta edição está sendo apresentada no MAC USP, devido a reformas no museu. A exposição segue em cartaz até 26 de janeiro de 2025.
MAC USP Av. Pedro Álvares Cabral, 1301. Vila Mariana. São Paulo/SP, Brasil Visitação: de terça a domingo, das 10h às 21h.
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Vista da exposição 38º Panorama da Arte Brasileira: Mil graus, do Museu de Arte Moderna de São Paulo. Foto: Ruy Teixeira
Marcus Deusdedit, sem título, da série Performance, 2024. 38º Panorama da Arte Brasileira: Mil graus, do Museu de Arte Moderna de São Paulo. Instalação multimídia 210 x 120 x 170 cm. Foto: Ruy Teixeira
Advânio Lessa Energia, 2014-16/2024. Foto: Estúdio em Obra
Ana Clara Tito, Enxame (SH), 2024. Foto: Estúdio em Obra
Dona Romana, Centro Bom Jesus de Nazaré, sítio Jacuba, Natividade, TO, desde setembro de 1989. Registro fotográfico de Emerson Silva
MEXA, A última ceia (abertura), 2024 Fotos: Estúdio em Obra
Melissa de Oliveira, Sucessagem, 2024 e Aquecimento, 2024. Vista do 38º Panorama da Arte Brasileira: Mil graus. Fotografia colorida em papel Hahnemühle Photo Rag Satin 310g/m2 110 x 160 cm. Foto: Estúdio em Obra
Noara Quintana, Gengiva de fogo, da série Sonhos na era do fogo, 2024, no 38º Panorama da Arte Brasileira: Mil graus. Borracha de poliuretano, resina, pigmento fosforescente, esmalte cromado, painel de led e alumínio 50 x 180 x 110 cm. Foto: Ruy Teixeira
Rafael RG, De quando o céu e o chão eram a mesma coisa, 2024. Foto: André Teixeira
Sallisa Rosa, sem título, 2023. Vista do 38º Panorama da Arte Brasileira: Mil graus. Óxido de ferro sobre cerâmica ⌀ 25 cm (cada). Foto: Estúdio em Obra
Vista das obras de Joseca Mokahesi Yanomami no 38º Panorama da Arte Brasileira: Mil graus, do Museu de Arte Moderna de São Paulo. Foto: Ruy Teixeira