C&: Em termos gerais, a Alemanha tem uma longa e estabelecida tradição de pintura, enquanto os EUA têm sido muito mais abertos a novos meios de expressão. Como sua prática de pintura se encaixa na tradição de pintura dos EUA?
DKS: Bem, meu trabalho pode ser descrito como retrofuturista sob uma perspectiva afrofuturista em relação aos tópicos com os quais me envolvo, mas não acho que eu seja visto aqui como um pintor retrô ou tradicionalista. Além do fato de minhas técnicas de pintura serem bastante complexas, tais percepções também se relacionam sempre com o contexto em que o trabalho é colocado.
C&: Quem são os ícones afrofuturistas de amanhã?
DKS: Eu diria Bernard Akoi Jackson, Miatta Kawinzi, Sondra Perry e Thomas Sankara.
Este texto foi escrito no contexto do projeto “Show me your Shelves”, que recebe fomento e faz parte da campanha anual “Wunderbar Together” (“Deutschlandjahr USA”/The Year of German-American Friendship), coordenada pelo Ministério das Relações Exteriores da Alemanha.
Daniel Kojo Schrade, professor de arte, estudou na Alemanha e na Espanha e tem título de mestre pela Academia de Belas Artes de Munique, Alemanha.
Por Will Furtado
Tradução: Cláudio Andrade