A exposição no Museu Stedelijk de Amsterdã apresenta uma série de murais surgidos das experiências da artista com comunidades marginalizadas da África, América Latina e Caribe. Contemporary And América Latina (C&AL) visitou a exposição.
Raquel van Haver no Museu Stedelijk, Amsterdã. À direita: Hurry, Hurry, has no Glory... The Game is to Have No Fear, 2018. Colagem de fotos. À esquerda: Raquel van Haver: On the Path of a King. 2018. Colagem de fotos.
Vista da exposição Spirits of the Soil, Raquel van Haver, Museu Stedelijk, Amsterdã, 2018.
Raquel van Haver, Dem Smoke and Blaze under Royal Regime, 2018.
Raquel van Haver, A Shine of a Deity L´enyin ise aye lo Ku, 2018. Colagem de fotos.
Raquel van Haver, Reason for Being, 2018.
Raquel van Haver, Change the Rhythm of the Dancehall… It´s Still the Same Groove, 2018.
Raquel van Haver, Life Never Sweet Like a Chocolate Vainilla, 2018.
Raquel van Haver, One Drop… You Heart Might Skip a Beat for Many Reasons, 2018.
Raquel van Haver, que recebeu em 2018 o Prêmio Real Holandês de pintura moderna, refere-se a seu trabalho como pinturas “fortes”, que retratam aqueles que vivem à margem da sociedade. Isso reflete-se na exposição Spirits of the Soil (Espíritos da terra), que pode ser vista no Museu Stedelijk de Amsterdã.
Os visitantes são recebidos em uma primeira sala na qual é apresentada uma série de fotocolagens que a artista realizou em 2017 para o Lagos Festival, a convite da African Artists Foundation. Durante essa viagem, van Haver, nascida na Colômbia, entrou em contato com as comunidades marginalizadas dos grandes centros urbanos da região, coletando histórias e imagens. De volta a Amsterdã, esse material, junto com outras experiências em grandes centros urbanos no Caribe e na América Latina, serviu de base para a realização da nova série de pinturas Spirits of the Soil. Por meio de uma combinação de materiais diversos, as obras de grandes dimensões que compõem a exposição revelam o imaginário de van Haver, marcado não somente pela Europa, mas também pela arte de “outras” regiões e “outras” histórias.
A mostra Spirits of the Soil é acompanhada pela publicação de um ensaio de Azu Nwagbogu, diretor-executivo e curador-chefe do Museu Zeitz de Arte Contemporânea Africana na Cidade do Cabo, África do Sul, e por um prólogo de Martijn van Nieuwenhuyzen, curador do Museu Stedelijk de Amsterdã.
Espíritos do tempo, de Raquel van Haver, pode ser vista no Museu Stedelijk de Amsterdã até 7 de abril de 2019.
Stedelijk Museum Museumplein 10 Amsterdã
Mais informações em C&AL
Raquel van Haver: Spirits of the Soil, Museu Stedelijk.
Texto e fotos de Marie-Louise Stille, gestora cultural e colaboradora da C&AL em Berlim e Amsterdã.
Traduzido do espanhol por Raphael Daibert.