Mestre Didi – “os iniciados no mistério não morrem” está em cartaz na Galeria Praça do Instituto Inhotim. A exposição, que tem curadoria de Igor Simões, integra o Programa Abdias Nascimento e o Museu de Arte Negra.
A mostra exibe cerca de 30 obras do artista, feitas em consonância com a sua atividade de liderança religiosa no Candomblé e pertencentes à Coleção do Instituto Inhotim. Seu título, de acordo com Igor Simões, é um trecho de uma cantiga entoada durante as cerimônias fúnebres de um Ojé, sacerdote da tradição Egungun. As obras expostas são feitas, em geral, de fibras do dendezeiro, búzios, contas, sementes e tiras de couro, com a presença de símbolos que remetem às tradições iorubá.
A exposição convida o público a conhecer outras dimensões de Mestre Didi, sobretudo para a cultura brasileira. Além de sua atuação no campo cultural, Mestre Didi foi sacerdote supremo – também conhecido como Alápini – do culto aos ancestrais Egungun, tendo fundado em Salvador, em 1980, a Sociedade Religiosa e Cultural Ilê Asipá. Na mostra, todas essas vivências da trajetória de Mestre Didi – a intelectualidade, a espiritualidade e o sagrado – estão registradas, ademais as esculturas, a partir do acervo da Sociedade de Estudos da Cultura Negra no Brasil (SECNEB), com uma série de documentos e imagens cedidos gentilmente pela cantora e bailarina Inaicyra Falcão, uma das filhas de Mestre Didi. Outro aspecto abordado na mostra é a presença feminina na trajetória do artista.
Instituto Inhotim
Rua B, 20. Inhotim
Brumadinho/MG, Brasil.
Visitação: de quarta a sexta-feira, das 9h30 às 16h30, e aos sábados, domingos e feriados, das 9h30 às 17h30.
inhotim.org.br