Conferências
16 Novembro 2018 - 18 Novembro 2018
Pavilhão da Bienal e SESC Vila Mariana / São Paulo, Brasil
A Fundação Bienal de São Paulo promove, nos dias 16, 17 e 18 de novembro, em parceria com o Sesc SP, o simpósio internacional Práticas de atenção, reunindo artistas, cientistas, críticos, autores e acadêmicos para discutir uma importante questão contemporânea: a atenção. O evento conta com participantes de 13 países: Brasil, Canadá, Espanha, EUA, França, Grécia, Israel, Japão, Lituânia, Polônia, Reino Unido, República Dominicana e Turquia.
Ancorado na proposta da 33ª Bienal Afinidades afetivas, que tem como premissa “reafirmar o poder da arte como lugar único para concentrar a atenção no mundo e em favor do mundo”, conforme explica seu curador-geral, Gabriel Pérez-Barreiro, o programa do simpósio foi idealizado pelo professor de história D. Graham Burnett e pela curadora e escritora Stefanie Hessler, a partir de uma pesquisa variada e interdisciplinar sobre o tema.
O simpósio busca colocar as economias da atenção no centro da nossa relação com as obras de arte, pautado pela urgência da questão da atenção nos dias de hoje, em que ela é constantemente bombardeada com todo o tipo de informação e mensagens.
A abertura do evento no dia 16 ocorre no auditório do Sesc Vila Mariana, com introdução de Gabriel Pérez-Barreiro, D. Graham Burnett e Stefanie Hessler. No mesmo local, serão realizadas as palestras de Katarzyna Kasia (Varsóvia), Virginia Kastrup (Rio de Janeiro) e Maria Cristina Franco Ferraz (Rio de Janeiro); Hessler conduz a conversa performativa A atenção como ferramenta curatorial e a política da atenção.
Tamar Guimarães, artista brasileira radicada em Copenhague, apresenta a performance O ensaio, baseada na leitura crítica de Machado de Assis sobre a sociedade brasileira. A artista Aki Sasamoto (Japão/EUA) apresenta o filme Delicate Cycle, registro da performance/instalação homônima, envolvendo máquinas de lavar roupa modificadas, uma bola gigante de lençóis, caixas de sapato contendo esculturas de luz, trabalhos em vídeo conectados a sistemas de TV em circuito fechado e nichos móveis de madeira com paredes magnetizadas. O trabalho propõe uma reflexão sobre tarefas rotineiras e objetos de uso corriqueiro que demarcam nossos dias.
No fim da tarde, as atividades se deslocam para o Pavilhão da Bienal, onde será realizada a oficina Todos os sentidos sobre o Qui Vive, da sociedade ESTAR (SER) – The Esthetical Society for Transcendental and Applied Realization.
Nos dias 17 e 18, o Simpósio será realizado na Fundação Bienal, com oficinas, palestras, conversas com artistas, exibição de filmes e videoinstalações contínuas, conversas performativas e performances.
No sábado, 17, Helen Singh-Miller (EUA) promove a oficina de movimento baseada no método Feldenkrais, Uma memória, que pode sempre ser descoberta, e em seguida apresenta a instalação de vídeo Grand Union. Raimunda Malasauskas (Lituânia) e Marcos Lutyens (Reino Unido/EUA) realizam a instalação O show hipnótico. Kapwani Kiwanga (Canadá) apresenta a palestra-performance Pergaminhos do espaço profundo.
Yasemin Nur (Turquia) leva ao pavilhão Kat’ı: O artesanato do corte do papel no período otomano, onde o público será convidado a experimentar a arte de de cortar papel que teve seu auge no século 15, um procedimento que requer tempo, ritmo e atenção Yael Geller (Israel) apresenta a palestra Obsessão como um fenômeno de atenção. Catherine Hensen (Japão) e Joana Fiduccia (EUA) promovem a conversa performativa Duas variedades de atenção surrealista. Uma conversa colaborativa. D. Graham Burnett e freira ecofeminista Ivone Gebara (Brasil) também proferem palestras nesse dia, e Thiago Rocha Pitta (Brasil) e Rafael Sánchez-Mateos Paniagua, da Autoescola Insular de Atenta (Espanha) participam de conversas com o público.
Ainda no dia 17, às 20h, Isabel Lewis (República Dominicana) realiza a performance Occasions, onde, em um ambiente decorado para uma reunião comemorativa de pessoas, coisas, plantas, danças e aromas, os visitantes podem entrar e sair quando quiserem. A artista desenvolve uma dramaturgia específica em sintonia com seus convidados, fazendo uso de coreografia, música, discursos e narração de histórias que propiciem conversa, contemplação, dança e escuta.
No dia 18, Jeff Doven (EUA) trata da nossa intuição de que só é possível prestar atenção a uma coisa de cada vez, na palestra Tudo de uma vez agora. Helen Singh-Miller (EUA) e Sal Randolph (EUA) realizam performances, e Vivian Caccuri (Brasil) apresenta uma palestra performativa. Ainda são exibidos filmes de Tamara Henderson (Canadá) e Luiza Crosman (Brasil), e há uma conversa aberta com o artista Bruno Moreschi (Brasil). Para o encerramento, Pérez-Barreiro, Burnett e Hessler fazem comentários finais.
A programação completa e o formulário de inscrição estão disponíveis aqui.