Ana Mendieta, Creek, 1974. Super 8 Film. © The Estate of Ana Mendieta Collection, LLC.,Cortesia Galerie Lelong & Co.
A arte de Ana Mendieta tem um alto componente de evento, de ritual. Por isso a importância não só dos materiais – sangue, fogo, terra – mas também dos movimentos do corpo. Sua semelhança com os rituais das culturas pré-colombianas dão um componente metafísico às performances da cubana.
Em Siluetas – a série mais conhecida da artista-, Mendieta utiliza seu corpo ou constrói no meio da natureza uma silhueta feita de pólvora, de pedras ou de barro, e deixa que ela interaja com o ambiente.
A artista nasceu em Havana em 1948, no seio de uma família ativa na política. Quando Fidel Castro subiu ao poder, em 1961, ela e sua irmã foram enviadas aos Estados Unidos. Estudou pintura na Universidade de Iowa e fez um mestrado em Intermídia na mesma universidade. Durante o programa, Mendieta começou a experimentar com fotografia, vídeo e performance.
A artista também usou esses meios para denunciar a violência contra as mulheres. Em Untitled, Rape Scene (1973) recriou a cena na qual se fez vítima imaginária de uma violação.
Mendieta morreu em Nova York em 1985. Em 2009, a prestigiosa Fundação Cintas de Cuba reconheceu seu legado, dando-lhe o prêmio Vida e Obra. Sua obra será exposta na X Bienal de Berlim.
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