Um total de 35 novos nomes complementa a lista de artistas já anunciados para a mostra Faz escuro mas eu canto, entre eles estão Arjan Martins e Sueli Maxakali. A Bienal traz ainda uma seleção de fotografias de Pierre Verger (1902-1996), francês radicado no Brasil.
A Fundação Bienal de São Paulo anuncia a lista completa de artistas participantes da 34ª Bienal – Faz Escuro mas eu canto, composta por 91 nomes (sendo 2 duos e 1 coletivo) de 39 países. A edição, iniciada em fevereiro de 2020, vem se desdobrando no espaço e no tempo com programação tanto física quanto online, e culminará na mostra coletiva que vai ocupar todo o Pavilhão Ciccillo Matarazzo a partir de setembro de 2021, simultaneamente à realização de dezenas de exposições individuais em instituições parceiras na cidade de São Paulo.
Entre os artistas desta edição, há representantes de todos os continentes (exceto a Antártica). A distribuição entre mulheres e homens é equilibrada, e cerca de 4% dos artistas identificam-se como não-binários. Esta será, ainda, a Bienal com a maior representatividade de artistas indígenas de todas as edições com dados disponíveis, com 9 participantes de povos originários de diferentes partes do globo (aproximadamente 10% do total).
Jacopo Crivelli Visconti, curador geral desta edição, comenta o processo de construção da lista de artistas convidados: “Desde sua concepção, e com um sentido de urgência ainda maior após os acontecimentos dos últimos meses, a 34ª Bienal busca estabelecer pontes entre obras e artistas que refletem múltiplas cosmovisões, culturas e momentos históricos. O processo de colocar em relação e ressonância todas essas vozes foi intenso e estimulante, vivificando um dos conceitos de Édouard Glissant que mais nos inspirou nesse caminho, o de que falamos e escrevemos sempre na presença de todas as línguas do mundo”.
Entre os artistas brasileiros convidados para a mostra estão: Arjan Martins, Daiara Tukano, Grace Passô, Jaider Esbell, Jota Mombaça, Musa Michelle Mattiuzzi, Paulo Nazareth e Sueli Maxakali.
Confira aqui a lista completa de nomes.
Catálogo digital tenteio
A publicação compõe uma narrativa visual e textual formada por contribuições dos 91 artistas participantes da 34a Bienal, elaboradas exclusivamente para a ocasião.
Assim como o título da própria exposição, o título do catálogo, tenteio, também é inspirado na obra do poeta amazonense Thiago de Mello, que completa 95 anos em 2021. Sobre a escolha do título da publicação, Paulo Miyada, curador adjunto da 34ª Bienal, afirma: “Em 1983, Thiago de Mello publicou Arte e ciência de empinar papagaio, um ensaio sobre essa prática ancestral, que segundo ele, alcançou inequívoco grau de elaboração entre jovens e velhos mestres de Manaus. Empinar papagaio é jogar com o vento, dançar com o intangível, arriscar-se em manobras como a trança, a peleja, o relo. Ou o tenteio, que consiste em puxar e soltar rapidamente a linha, fazendo a pipa oscilar no ar, testando seu peso, suspendendo o movimento, desviando a rota, despistando o adversário”.
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Exposição Faz escuro mas eu canto 4 de setembro a 5 de dezembro de 2021 Pavilhão Ciccillo Matarazzo. Parque Ibirapuera Entrada gratuita São Paulo/SP
34.bienal.org.br