Gustavo Caboco: Coma Colonial

De que forma um Centro de Estudos Latino-Americanos pode contribuir para descentralizar a própria noção de América Latina? Quanto às margens podem ocupar o centro do palco? O artista indígena Wapichana Gustavo Caboco, leva para o Centro de Estudos Latino-Americanos (CLAS) – da Universidade de Berkeley essas indagações a partir da exposição Coma Colonial.

Em Coma Colonial, ele nos incita a confrontar o coma profundo que moldou historicamente os arquivos ocidentais modernos, bibliotecas, museus e outros repositórios de conhecimento. O coma colonial já vem sendo abordado pelo artista há alguns anos, como temática de sua produção artística que se estende por bordados, filmes, instalações, pinturas e performances.

“Acontece que nossos poros estão abertos e a colonialidade busca corpos para se instalar e respirar. Como um parasita-meta carnal, esta colonialidade se apresenta na forma de sons ou palavras que entram por nossos ouvidos e os tímpanos vibram como um anti-mantra, e assim somos induzidos a um sono sem dormir. Outrora somos expostos a tantos estímulos que nossos olhos sintonizam com este parasita, de modo que ele permanece invisível: seja no texto ou nas entrelinhas”, reflete o artista.

The Center for Latin American Studies
2334 Bowditch Street
Berkeley/CA, Estados Unidos
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