Com trabalhos de mais de 70 artistas, a 2ª Bienal das Amazônias se articula em torno de três eixos presentes nas práticas dos artistas participantes: sonhos, memória e sotaque.
Mali Salazar (Huaraz, Peru, n. 1991), Montañas – Perros vagabundos, 2024. Tinta acrílica sobre livro, 14 x 10 cm (cada). Foto: Ana Dias
Aimema Úai (La Chorrera, Amazonas, Colômbia, n. 1996), K+neji (La creciente del canangucho), 2025. Óleo sobre linho, 250,5 x 150 cm. Foto: Ana Dias
Remy Jungerman (Moengo, Suriname, n. 1959), POSU Tumuk Humak, 2025. Tecido e caulim sobre painéis de madeira, 3,80 × 3,80 × 2,20 m. Foto: Ana Dias
A 2ª Bienal das Amazônias, que tem curadoria de Manuela Moscoso, juntamente com Sara Garzón (curadora adjunta), Jean da Silva (cocurador do programa público) e Mónica Amieva (curadora pedagógica), se articula em torno do conceito de Verde-Distância, expressão retirada do romance Verde Vagomundo, do escritor paraense Benedicto Monteiro. A seleção de obras foi feita por meio de visitas, escutas e pesquisas em territórios brasileiros como Marajó, Amapá, Acre e Boa Vista, e pan-amazônicos como Guiana, Suriname, Peru, Equador e Colômbia, entre outros.
“Distância não é ausência. É matéria. É uma forma de relação que preserva em vez de isolar, que permite o cuidado sem domínio e a copresença sem fusão. Verde-distância é também uma ética de escuta — uma atenção ao que resiste à tradução, ao que se move entre corpos e mundos sem se deixar capturar”, afirmou a curadora.
A 2ª Bienal das Amazônias pode ser visitada até 30 de novembro de 2025.
Centro Cultural Bienal das Amazônias Rua Manoel Barata, 400. Belém/PA, Brasil Visitação: segunda-feira e terça-feira, fechado; quarta e quinta-feira, das 9h às 17h; sexta e sábado, das 10h às 20h; e domingos e feriados, das 10h às 15h. A última entrada é sempre uma hora antes do fechamento.
www.bienalamazonias.org.br
Brus Rubio (Pucaurquillo, Loreto, Peru, n. 1983), Meemeba (Fiesta de chicha del Pijuayo), 2024. Acrílica sobre linho, 200 x 149 cm. Foto: Ana Dias
Vista da instalação, 2ª Bienal das Amazônias. Foto: Ana Dias
Aileen Gavonel e Máxima Acuña, Estamos Vivas, 2025. Manta de fibras naturais e sintéticas, 100 x 150 cm. Foto: Ana Dias
Wilson Díaz, Quimera. Foto: Ana Dias
Kenia Almaraz Murillo (Santa Cruz de la Sierra, Bolívia, n. 1994), El Cóndor, 2024. Fios entrelaçados, bordado de fantasia de carnaval boliviano e luzes de LED sobre estrutura de aço inoxidável, 87 x 148 x 13 cm. Cortesia da artista. Agradecimentos à Galeria Waddington Custot, Londres.
Paty Wolff, Sem título, série Raízes provocam fissuras. Foto: Ana Dias
Carla Duncan (Belém, Brasil, n. 1992), Interstício, Série CELEUMA, 2025. Óleo e acrílica sobre painel, 30 x 20 cm. Foto: Ana Dias