A 35ª edição da Bienal tem curadoria de Diane Lima, Grada Kilomba, Hélio Menezes e Manuel Borja-Villel e conta com 121 participantes de diversos países, com destaque para artistas afro-descendentes e indígenas.
Vista da instalação do coletivo Mahku – Movimento de Artistas Huni Kuin. Comissionada pela Fundação Bienal de São Paulo para a 35ª Bienal.
A ideia de coreografias do impossível é apresentada nesta edição da Bienal de São Paulo de diversas formas. Estas incluem a musicalidade presente nos trabalhos, os deslocamentos e percursos propostos, a temporalidade não-linear dos trabalhos ou as diversas poéticas usadas para o enfrentamento das questões do mundo atual como o racismo, a degradação ambiental e a democracia.
De acordo com os curadores, as práticas artísticas apresentadas na mostra estão para além da representação e questionam os saberes que nos foram dados numa tradição colonial e patriarcal: “Nosso objetivo foi criar uma edição sem categorias ou estruturas limitadoras. Essa visão nasceu em nossa equipe curatorial, onde abraçamos um sistema descentralizado, afastando-nos das normas tradicionais”, disseram os curadores na abertura. “A pergunta que permanece é: como as impossibilidades de nossa vida cotidiana refletem na produção artística? As coreografias do impossível nos ajudam a perceber que diariamente encontramos estratégias que desafiam o impossível, e são essas estratégias e ferramentas para tornar o impossível possível que encontraremos nas obras dos artistas”.
35ª Bienal de São Paulo – coreografias do impossível em cartaz até 10 de dezembro de 2023 Visitação: terças, quartas, sextas e domingos, das 10h às 19h. Quintas e sábados, das 10h às 21h.
Pavilhão Ciccillo Matarazzo Av. Pedro Álvares Cabral, s/n. Parque Ibirapuera, Portão 3 Entrada gratuita
bienal.org.br
Diego Araúja, Laís Machado, Sumidouro n. 2 – Diáspora Fantasma, 2023. Instalação audiovisual com cortinas de palha da costa e sisal em trilhos de alumínio movidos por Arduíno. Comissionada pela Fundação Bienal de São Paulo para a 35ª Bienal.
Frente 3 de Fevereiro, Inteligência ancestral, 2023. Videoinstalação livremente inspirada na vida, obra e memória de Maurinete Lima, fundadora da Frente 3 de Fevereiro. Coleção: Coletivo Frente 3 de Fevereiro. Comissionada pela Fundação Bienal de São Paulo para a 35ª Bienal.
Rosana Paulino, da série Mangue, Guará vermelho, 2023. Grafite, acrílica e pigmento natural sobre tela. Cortesia: Mendes Wood DM e Rosana Paulino
Rommulo Vieira Conceição, O espaço físico pode ser zona de disputa, convenções e certezas falíveis, 2023. Metal, madeira, resina, fibra de vidro, polipropileno, poliuretano e pintura automotiva. Desenho técnico: Rafael Muniz. Execução: César Augusto de Sousa / ME Casmetal. Pintura: Edson Batista Pereira. Comissionada pela Fundação Bienal de São Paulo para a 35ª Bienal.
Detalhe de Castiel Vitorino Brasileiro, Montando a história da vida, 2023. Instalação site-specific composta por terra preta, barco pesqueiro, alguidares, toras de eucalipto, tijolos, aço corten e pinturas. Comissionada pela Fundação Bienal de São Paulo para a 35ª Bienal.
Sidney Amaral, O estrangeiro, 2011. Acrílica sobre tela. Coleção: Banco Itaú, São Paulo
Aline Motta, A água é uma máquina do tempo, 2023.
À frente: Denilson Baniwa em colaboração com Francineia Baniwa, Itá, 2023. Gravação baixo-relevo em rocha. Cortesia do artista e A Gentil Carioca. Atrás: Denilson Baniwa, Kwema, 2023, Amanhecer, Instalação site-specific. Comissionada pela Fundação Bienal de São Paulo para a 35ª Bienal.
Zumví Arquivo Afro Fotográfico, Protesto da Irmandade do Rosário dos Pretos no Largo do Pelourinho durante as comemorações da Independência da Bahia, dia 2 de julho, 2012. Ampliação digital de fotografia analógica. Cortesia: Zumví Arquivo Afro Fotográfico, Salvador. Foto: Lázaro Roberto
Sonia Gomes, da série Pano, Sem Título, 2008. Costuras, amarrações e tecidos diversos. Cortesia da artista e Mendes Wood DM.
Detalhe de Guadalupe Maravilla, da série Lançador de Doenças. Esta participação é apoiada por Y.ES Contemporary.