O Conselho da Bienal de Veneza anunciou Adriano Pedrosa como o Diretor do Setor de Artes Visuais, assumindo a curadoria da 60ª Exposição Internacional de Arte, que será realizada em 2024.
Adriano Pedrosa. Foto: Daniel Cabrel / Cortesia do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand
Atualmente, Adriano Pedrosa é o diretor artístico do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand – MASP. Também atuou como curador adjunto da 24ª Bienal de São Paulo (1998), foi o curador responsável pelas exposições e coleções do Museu de Arte da Pampulha, Belo Horizonte (2000-2003), co-curador da 27ª Bienal de São Paulo (2006), curador do InSite_05 (Museu de Arte de San Diego, Centro Cultural Tijuana, 2005), diretor artístico da 2ª Trienal de San Juan (2009), curador da 31ª Panorama da Arte Brasileira-Mamõyaguara opá mamõ pupé (Museu de Arte Moderna, São Paulo, 2009), co-curador da 12ª Bienal de Istambul, e curador do pavilhão de São Paulo na 9ª Bienal de Xangai (2012).
No MASP, coordenou relevantes exposições, incluindo mostras individuais dedicadas às obras de Tarsila do Amaral, Anna Bella Geiger, Ione Saldanha, Maria Auxiliadora, Gertrudes Altschul, Beatriz Milhazes, Wanda Pimentel e Hélio Oiticica, como também as séries em andamento dedicadas a diferentes histórias: Histórias da infância (2016), Histórias da sexualidade (2017), Histórias Afro-atlânticas (2018), Histórias de mulheres, histórias feministas (2019), Histórias da dança (2020) e Histórias brasileiras (2022). O ano de 2024, será dedicado às Histórias Indígenas.
Recentemente, ele foi indicado para receber o prêmio Audrey Irmas na categoria Curatorial Excellence, concedido pela Central for Curatorial Studies do Bard College, em Nova York.
Pedrosa é mestre em Arte e Escrita Crítica pelo California Institute of the Arts e graduado em Direito pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Tem trabalhos publicados na Arte y Parte (Santander), Artforum (Nova Iorque), Art Nexus (Bogotá), Bomb (Nova Iorque), Exit (Madri), Flash Art (Milão), Frieze (Londres), Lapiz (Madri), Manifesta Journal (Amsterdã), Mousse (Milão), Parkett (Zurique), The Exhibitionist (Berlim), entre outros.
“A escolha de Adriano Pedrosa como curador da 60ª Exposição Internacional de Arte da La Biennale di Venezia é o resultado de um processo que surgiu da nossa experiência de trabalho com a Cecilia Alemani. Acredito que é essencial consolidar o que emergiu da exposição anterior (este também foi o caso da nomeação de Lesley Lokko, após a Exposição Internacional de Arquitetura com a curadoria de Hashim Sarkis) para direcionar nossa próxima escolha. Pedrosa, um conceituado curador e diretor do importante Museu de Arte de São Paulo no Brasil (projetado pela arquiteta italiana Lina Bo Bardi), é conhecido pela competência e originalidade que tem demonstrado ao conceber suas exposições com uma visão aberta ao contemporâneo, e trabalhando a partir de um ponto de vista do mundo que não desconsidera a natureza de seu lugar de origem. Em vez de restringir sua visão, isso o estendeu a um debate indispensável, para que agora, mais do que nunca, a Biennale possa abordar a arte contemporânea não para fornecer um catálogo da existente, mas para dar forma às contradições, diálogos e vínculos sem os quais a arte permaneceria um enclave desprovido de seiva vital,” declarou Roberto Cicutto, presidente da Bienal de Veneza.
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