Exibindo obras de arte contemporânea de artistas de Gana e do Brasil ao lado de artefatos históricos de Gana, esta exposição explora o que um museu alemão pode ser nos dias de hoje.
Diego Araúja, Terra Parindo Ouro, instalação multimídia, 2021. Foto: Jürgen Spiler/Dortmunder U.
Na Chainkua Reindorf, Lying in Wait (Deitada à espera), tecido de algodão com aplicações, cetim, 2020. DK Osseo-Asare, Fufuzela. Foto: Jürgen Spiler/Dortmunder U.
Rita Mawuena, Benissan Mo Apiafo (O poder passa para você), guarda-chuvas reais, tecido, madeira, 2020/2021. Foto: Jürgen Spiler/Dortmunder U.
Kwasi Darko, In my father's house (Na casa do meu pai), instalação multimídia, 2021. Foto: Jürgen Spiler/Dortmunder U.
Em Efie. The Museum as Home (Efie. O museu como lar), a curadora Nana Oforiatta Ayim apresenta sua visão de museu, exibindo artistas de Gana e de origem afro-brasileira no Dortmunder U, em Dortmund, na Alemanha. A questão central que Ayim coloca é: “Podemos trazer para cá nossa compreensão de museu de modo que ela também expanda a ideia do museu aqui na Alemanha?”
Esta exposição de arte histórica e contemporânea de Gana amplia o conceito tradicional de “museU”. questionando formas de apresentação que já são utilizadas há muito tempo. Ela também oferece novas perspectivas sobre a arte e a realidade na qual ela teve origem. Obras de arte contemporâneas são expostas ao lado de artefatos históricos procedentes de comunidades da atual Gana, pertencentes a coleções de museus alemães. Desta forma, a exposição representa uma tentativa de tornar-se um lugar de convalescença para estes objetos, onde eles possam se recuperar do isolamento causado pelo fato de terem sido arrancados de seu contexto original. Enquanto isso, projeções de filmes dão uma ideia de como objetos semelhantes são tradicionalmente utilizados e cuidados em Gana.
Como cofundadora do Instituto de Artes e Conhecimentos (Institute of Arts and Knowledge – ANO), em Acra, capital de Gana, Ayim trabalha para incorporar perspectivas pan-africanas através de exposições e bolsas de estudo, além de trabalhar com diversas instituições e colaborar com comunidades e governos locais. Ao convidar o artista afro-brasileiro Diego Araúja, Ayim dá continuidade a esta abordagem conectando Gana à sua Diáspora no Brasil.
Diego Araúja trabalha com arquitetura e música tradicionais de Gana e se interessa pelo questionamento sobre quais narrativas são transmitidas em um museu. O artista desconstrói as narrativas aparentemente imóveis da evolução, da religião e do crescimento capitalista incorporando cantos de trabalho afro-brasileiros, também chamados de vissungo. Através disso, um diálogo com várias camadas emerge entre Gana e o Brasil.
Rita Mawuena, Benissan Mo Apiafo (O poder passa para você), guarda-chuvas cerimoniais, tecido, madeira, 2020/2021. Foto: Jürgen Spiler/Dortmunder U.
Diego Araúja, Terra Parindo Ouro, instalação multimídia, 2021. DK Osseo-Asare, Fufuzela. Foto: Jürgen Spiler/Dortmunder U.
Afroscope, sem título, multimídia, instalação de realidade virtual, 2021. Foto: Jürgen Spiler/Dortmunder U.
El Anatsui, Sovereignty (Soberania), instalação, 2021. DK Osseo-Asare, Fufuzela. Foto: Jürgen Spiler/Dortmunder U.
Studio Nyali, A House for a God (Uma cada para um Deus), instalação, madeira, lajotas de argila, paisagem sonora, 2021. DK Osseo-Asare, Fufuzela. Foto: Jürgen Spiler/Dortmunder U.
Nana Oforiatta Ayim, The Mobile Museum, Filme über das Mobile Museum unterwegs in Ghana (O Museu Móvel, filmes sobre o Museu Móvel em turnê em Gana). Foto: Jürgen Spiler/Dortmunder U.
Kuukua Eshun, Unveiling (Desvelamento), vídeo 4k, 24:15 min, 2021. Foto: Jürgen Spiler/Dortmunder U.
DK Osseo-Asare, Fufuzela. Ntan-tambor, madeira, couro, empréstimo do Museu am Rothenbaum, Hamburgo. Foto: Jürgen Spiler/Dortmunder U.
DK Osseo-Asare, Fufuzela. Amuleto Euê, fibra vegetal cabaça, ferro, madeira kauri, empréstimo do Museu do Ultramar de Bremen. Foto: Jürgen Spiler/Dortmunder U.