A obra de UÝRA entrelaça água, identidade e resistência para contestar a devastação ambiental e deslocamentos forçados.
A Flora D_Água, UÝRA, 2017. Série Elementar. Foto: Katja Hölldampf
Vista da exposição Memórias de Alagamento no MAMBO, Bogotá. Foto: Juan Yaruro. Cortesia do MAMBO.
Em Memórias de alagamento, UÝRA conjuga fotografia, performance e instalação, trabalhando a água como portadora de memória, resistência e identidade indígenas. Ao fazer isso, a artista denuncia a destruição ambiental e os deslocamentos forçados que afetam tanto a Amazônia quanto centros urbanos como Manaus e Bogotá.
Desenvolvida durante uma residência artística em Bogotá, a exposição traça paralelos entre o rio soterrado San Franscisco-Vicachá e as histórias silenciadas dos povos Muisca e Munduruku. Estruturada em três movimentos— atravessar, refletir e conectar— Memórias de alagamento convida o público a perceber a água como elo entre geografias, memórias e realidades multidimensionais. Ao mesmo tempo, amplifica as vozes da natureza e das comunidades que resistem ao apagamento. Assim, ao fundir biologia, ecologia indígena e performance, a obra de UÝRA ressignifica a relação entre corpo e território.
Memórias de alagamento está em exibição no Museu de Arte Moderna (MAMBO) em Bogotá, Colômbia até 1° de junho de 2025.
Museu de Arte Moderno de Bogotá Calle 24, n° 6-00, Bogotá, Colômbia. Horário de Visitação: terça a sábado, das 10h às 18h; domingos e feriados, das 12h às 17h
www.mambogota.com
Chaos, UÝRA, 2018. Série Mil Quase Mortos. Foto: Matheus Belém.
Tradução: Jess Oliveira