Museus
Salvador, Brasil
O “Mural dos Orixás”, de Carybé, reúne 27 pranchas de cedro com três metros de altura e incrustações de elementos como ouro, prata e búzios. Foto: divulgação
Um dos destaques do Museu Afro-Brasileiro (Mafro/UFBA), gerido pela Universidade Federal da Bahia, é o “Mural dos Orixás”. A obra finalizada em 1968, pelo artista plástico argentino radicado em Salvador Hector Julio Páride Bernabó (1911-1997), o Carybé, é composta por 27 painéis de madeira representando orixás do candomblé. Contudo, o acervo reúne mais de 1.800 itens, como fotografias, adornos, máscaras, instrumentos musicais e objetos utilitários, divididos nas coleções afro-brasileira e africana – esta última, adquirida pelo fotógrafo e antropólogo Pierre Verger (1902-1996), é composta por objetos vindos do Senegal, Nigéria, Benin, Gana e Angola. Além disso, há sete anos o espaço recebeu a guarda provisória de peças do Museu Antropológico Estácio de Lima, que foram retiradas de terreiros de candomblé na Bahia pela polícia, durante a repressão aos cultos de origem africana no Brasil dos anos 1920.
Em tempo: o projeto do Mafro/UFBA foi concebido no início da década de 1970, por um grupo de intelectuais, do qual fazia parte Pierre Verger. Entretanto, a ideia só ganhou corpo em 1982 e desde então o museu funciona no prédio da primeira Faculdade de Medicina do Brasil, erguido no século XVI.
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