O período da história ao qual às vezes nos referimos inocuamente como “época dos descobrimentos” colocou os europeus em contato com os povos indígenas das Américas, grupos tão radicalmente diferentes que os teólogos dedicaram um esforço considerável para determinar se os “índios” teriam almas. A narrativa convencional relata que os europeus dominaram completamente aqueles que encontraram. Mas, na verdade, os europeus aprenderam e foram influenciados por muitas formas da sabedoria indígena, incluindo suas técnicas de construção.
Esse legado é o tema central da exposição Pacha, Llaqta, Wasichay: Indigenous Space, Modern Architecture, New Art (Pacha, Llaqta, Wasichay: espaço indígena, arquitetura moderna e arte nova), no Whitney Museum of American Art, em Nova York (de 13 de julho a 30 de setembro de 2018). As três primeiras palavras do título da exposição vêm do quíchua, a língua indígena mais falada das Américas. A primeira quer dizer “tempo”, “espaço”, “natureza”, “mundo”; a segunda, “lugar,” “país”, “comunidade,” e a última, “construir”.