Uma História Natural das Ruínas é uma exposição coletiva que explora diferentes formas de resistência aos modos como o imaginário colonial moderno hegemônico tem capturado nossa imaginação. Com base em diversas práticas artísticas, esta exposição busca oferecer oportunidades para pensar sobre a cura no que a autora Anna Tsing chama de “sobrevivência precária”. A mostra também tenta abordar as implicações da representação fora da linguagem, a fim de explorar outras tecnologias e formas de inteligência que não as humanas.
No centro da exposição está uma crítica à divisão moderna entre natureza e cultura e suas implicações ontológicas. Por meio de uma série de processos históricos, alguns humanos se separaram da natureza e, portanto, a fabricaram como uma categoria. Os regimes coloniais propagam essa noção por meio da educação e da exploração, normalizando a natureza como um “recurso” à disposição dos humanos. É em grande parte por meio do conhecimento e das práticas ecológicas dos povos indígenas que essas categorias coloniais em funcionamento podem ser produtivamente desafiadas.
Artistas incluídos na exposição enfrentam a brutalidade das categorias e práticas binárias modernas, a fim de mostrar cada um à sua maneira como as coisas se entrelaçam e, nas palavras de max wíllà morais, “dançar com a violência do mundo”.
Artistas: Candice Lin, Cristiano Lenhardt, Daniel Steegmann Mangrané, David Bestué, Denilson Baniwa, Elvira Espejo Ayca, Isuma, Janaina Wagner, Lina Mazenett e David Quiroga, Louidgi Beltrame, max wíllà morais, Minia Biabiany, Paloma Bosquê, Sheroanawe Hakihiiwe
Curadoria de Catalina Lozano
Assistente curatorial: María Emilia Fernández
Pivô
Edifício Copan, loja 54.
Avenida Ipiranga, 200.
São Paulo/SP
Visitação: de terça a sábado, das 13h às 19h.