Da fotografia indígena como reconquista à primeira vice-presidenta negra da Colômbia, estes são alguns dos nossos artigos mais lidos do ano.
Acima à esquerda: Edgar Kanaykõ, O céu respira a terra e tudo é movimentado de ciência - Pajé Xakriabá, 2015. Cortesia do artista. Acima à direta: Francia Márquez. Foto: Made in Choco. Abaixo à esquerda: Mulambö, Poder. Foto: João da Motta. Abaixo à direita: Abdias Nascimento, Bay of Blood (Luanda), 1996, Acrylic on canvas, 80 x 100 cm. Ipeafro Collection, Rio de Janeiro.
Conversa com Edgar Kanaykõ: Fotografia como retomada Edgar Kanaykõ, artista indígena Xakriabá, movimenta-se entre a cultura de seu povo e a dos brancos, mas os pés seguem aterrados em seu território. Para ele, fotografia é ferramenta de luta e de resistência. “O que fazemos no campo da arte contemporânea é retomar o fazer artístico para garantir a nossa existência”.
Conversa com Mulambö: minha escola de arte foi o carnaval O artista carioca Mulambö gosta de trabalhar com materiais, objetos e imagens considerados “simples”, mas que têm uma carga histórica e uma subjetividade enormes. Feliz mesmo ele fica quando sua arte volta para a escola e chega às crianças e aos jovens: “É o que de fato faz o trabalho ganhar vida”.
Colômbia Francia Márquez: das lutas sociais à vice-presidência da Colômbia Feminista, antirracista, revolucionária e decolonial, mãe solteira, cantora e poeta, Francia Márquez representa os desafios diários das mulheres racializadas na Colômbia. Neste perfil, contamos sua incrível trajetória pessoal e política, elucidando como sua conquista histórica pode mudar a Colômbia e as artes na América Latina.
Lula com a esposa Janja, o vice Geraldo Alckmin e a esposa Lu. Foto: Ricardo Stuckert
Brasil Novo governo, nova esperança para os produtores de arte no Brasil Com 51% dos votos da eleição, Luiz Inácio Lula da Silva será novamente presidente do Brasil a partir de 2023. Depois de quatro anos da presidência de extrema direita de Jair Bolsonaro, que negligenciou as artes e a cultura, a esperança entre artistas e produtores é unânime, começando pelo re-estabelecimento do Ministério da Cultura.
Panamefricanismo Abdias Nascimento: um legado que não dorme Este ano duas instituições no Brasil celebram mais de sete décadas de contribuições artísticas internacionais do artista afro-brasileiro.
enorê, Still de vídeo. Cortesia da artista
Conversa com enorê Artista do Brasil explora a linguagem criativa dos dados enorê, cuja obra desafia a ideia da fluidez ao conectar a arte digital com a arte não-digital, conversa com a C&AL sobre as realidades visíveis e invisíveis.
Installation View Walter Firmo: no verbo do silêncio a síntese do grito Exposição no Instituto Moreira Salles traça um panorama da obra de Walter Firmo, reunindo mais de 260 trabalhos do fotógrafo carioca, com imagens que incluem manifestações culturais e religiosas, retratos icônicos de artistas como Pixinguinha e Clementina de Jesus, produzidos desde a década de 1950 até os dias atuais.
Cuba Belkis Ayón e a conexão Cuba-África Ocidental Com sua atual exposição parte de The Milk of Dreams, na Bienal de Veneza, e uma retrospectiva recentemente encerrada no Museu Reina Sofia, em Madri, foi novamente despertado o interesse pela obra de Belkis Ayón. Mas quem compõe a sociedade secreta Abakuá, um tema central na obra da artista, e como sua história e a tradição afro-diaspórica influenciaram Ayón? O que significa para a Abakuá alcançar visibilidade global, por meio de uma pessoa que foi proibida de participar de seus rituais por ser mulher?
Coletivo Kukily, foto da performance “Bustos", no evento Maratón LODO, 2018, Buenos Aires, Argentina. As quatro membros do coletivo estão presentes: Colleen Ndemeh Fitzgerald, Jasmin Sánchez, Julia Cohen Ribeiro, Lina Lasso. Foto: Sabia Vargas
Argentina Kukily: conectando comunidades afrodescendentes através da arte Kukily – pronúncia: kuklé – quer dizer “todes nós” na língua do povo Kpelle, da Libéria. O nome foi dado ao coletivo pela mãe de Colleen, uma de suas fundadoras juntamente com Lina, Julia e Jasmin. Conversamos com elas sobre o que significa criar para a comunidade afrodescendente na Argentina e para além das fronteiras do país.
Conversa com Francisco Pinto e a história afro-indígena venezuelana Tendo iniciado sua carreira artística sem educação formal, Francisco Pinto realiza um trabalho que navega desde o desenho, passa pela colagem, pela arte digital, têxtil, até a montagem e a instalação. Nohora Arrieta Fernández conversa com o artista sobre como ele homenageia a herança cultural por meio de um humor obscuro e de referências aos quadrinhos e a Basquiat.